Pensamento em Nanotecnologia
Há vários mitos acerca da tecnologia, inclusive que ela é neutra, sem interesses, apenas para o bem da humanidade. Todas as afirmativas são questionáveis. Para quem são neutras? Sem interesses? E para qual público?
A tecnologia e em especial, a nanotecnologia vem com esse aporte de salvaguardar a humanidade. Dela mesma. Impossível, mas com uma importância para dominar novos mercados, portanto, alfabetizar cientificamente as pessoas do que seja a tal da nanotecnologia, também é uma ferramenta de marketing, afinal, já encontramos a nanotecnologia em prateleiras e quem vai comprar um medicamento com um nome assustador desses? “Vou tomar componentes eletrônicos”, afinal, tem tecnologia.
Há interesses no mercado em expansão e exigente de componentes cada vez menores e melhores. Pensamos na “evolução” dos computadores até os dias de hoje. Não seria possível sem a nanotecnologia. E criamos uma nova dependência deles.
Já na indústria farmacêutica, há uma exigência em medicamentos cada vez mais específicos, como os que combatem aos cânceres, especificamente, possível através da nanotecnologia. O que é ótimo.
Mas, esses dois exemplos, são para todos? A dominação tecnológica acaba influenciando no preço no mercado. São mais caros, afinal, tem nanotecnologia, assim, não são para todos. Outro desafio é fazer com que o outro acredite, que o que está ingerindo (no caso de remédio), usando, tem nanotecnologia, é outro elemento complicador para os que não estão inseridos nas ciências, afinal, tem que ter fé para acreditar em algo que não se vê.
A modernidade trás benefícios. Particularmente, adoro o exemplo do antibiótico (em 1927, Fleming descobre a penicilina, iniciando a era dos anbitióticos), imagine a vida sem eles? Mas há implicações, como tudo. Atualmente vivemos um momento em que a venda do dito medicamento está sendo controlada e com a nanotecnologia, aconteceria o mesmo? Ih, acho que não, lembra? Criamos dependência.
Serei profeta: o futuro dirá, pois também há as implicações, quem garante, de fato a eficácia? Em componentes eletrônicos, não é tão ruim assim, só mais poluição com metais pesados (pensa os burocratas). E com a saúde? Cada um que pense.
Será a nanotecnologia mais uma ajuda para a humanidade ou mais uma dominação dos ricos sobre nós, meros consumidores? Confesso, estou pessimista. Há vantagens, obviamente que sim, mas, há dependências de uma tecnologia que não dominamos e que é cara. Realmente precisamos de tudo que nos empurram?