sexta-feira, 25 de maio de 2012


Realidade nada nanométrica....

 Luciana Gomes

A nanotecnologia se estabelece no mundo científico devido à sua aplicabilidade em diferentes áreas do conhecimento possibilitando produtos até então inimagináveis e presentes no cotidiano das pessoas.
Atento às aplicações, para o nosso país torna-se imprescindível participar dessa nova corrida em escala nano – porque daqui virão novas patentes e inovações que significam novas divisas e reconhecimento, deixando para trás a marca de “agrário-exportador” para entrar na elite dos “tecnológicos-exportador”.
Para tanto, o fomento tem que começar na Educação Básica, despertando crianças e adolescentes para conhecer o mundo nanométrico em que estão inseridos. Não adianta somente os recursos materiais na escola, devem-se priorizar os recursos humanos com uma melhor qualificação do corpo docente. O “pacote” de demandas não é nanométrico, é bem visível na realidade da escola pública: horário integral, número reduzido de alunos em sala, melhores condições salariais e de trabalho (professor, com salário e plano de carreira garantidos, de dedicação exclusiva) e equipe multidisciplinar em cada escola para atender o estudante e sua família.
Somos 14 milhões de analfabetos, segundo o IBGE / 2010 (1), o que pelo critério do próprio Instituto, são pessoas que não conseguem ler e nem escrever um bilhete simples. Nosso problema, portanto, se torna mais complexo que o dos países desenvolvidos: Como resolver a questão da introdução de Nanotecnologia e das escalas nanométricas na escola, se ainda não conseguimos nem alfabetizar, ou seja, tornar nossa língua pátria conhecida e utilizada por aproximadamente 5 milhões  de nossas crianças e  adolescentes com idades de 5 a 14 anos (1)?

Estamos correndo com bola de ferro nos pés..

Referências:

Imagem: “Bola de ferro” do Clip-Art, data de acesso: 25 de maio de 2012.


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