Luciana Gomes
A
nanotecnologia se estabelece no mundo científico devido à sua aplicabilidade em
diferentes áreas do conhecimento possibilitando produtos até então
inimagináveis e presentes no cotidiano das pessoas.
Atento às
aplicações, para o nosso país torna-se imprescindível participar dessa nova
corrida em escala nano – porque daqui virão novas patentes e inovações que
significam novas divisas e reconhecimento, deixando para trás a marca de “agrário-exportador”
para entrar na elite dos “tecnológicos-exportador”.
Para tanto, o
fomento tem que começar na Educação Básica, despertando crianças e adolescentes
para conhecer o mundo nanométrico em que estão inseridos. Não adianta somente
os recursos materiais na escola, devem-se priorizar os recursos humanos com uma
melhor qualificação do corpo docente. O “pacote” de demandas não é nanométrico,
é bem visível na realidade da escola pública: horário integral, número reduzido
de alunos em sala, melhores condições salariais e de trabalho (professor, com
salário e plano de carreira garantidos, de dedicação exclusiva) e equipe multidisciplinar
em cada escola para atender o estudante e sua família.
Somos 14
milhões de analfabetos, segundo o IBGE / 2010 (1), o que pelo critério do
próprio Instituto, são pessoas que não conseguem ler e nem escrever um bilhete
simples. Nosso problema, portanto, se torna mais complexo que o dos países desenvolvidos:
Como resolver a questão da introdução de Nanotecnologia e das escalas nanométricas
na escola, se ainda não conseguimos nem alfabetizar, ou seja, tornar nossa língua
pátria conhecida e utilizada por aproximadamente 5 milhões de nossas crianças e adolescentes com idades de 5 a 14 anos (1)?
Estamos
correndo com bola de ferro nos pés..
Referências:
(1) http://www.ufjf.br/ladem/2012/02/24/analfabetismo-no-brasil-evidencia-desigualdades-sociais-historicas/,
data de acesso: 25 de maio de 2012.
Imagem: “Bola
de ferro” do Clip-Art, data de acesso: 25 de maio de 2012.
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