domingo, 13 de maio de 2012

Sustentabilidade


De quem é a responsabilidade?

Diversas são as oportunidades que os profissionais da educação têm de se deparar com o emprego da palavra Sustentabilidade. Nesse momento, sobretudo, a palavra vem sendo empregada com maior frequência pela ocorrência da Rio + 20, que vem obrigando  as múltiplas esferas governamentais a relembrar compromissos assinados durante a Eco 92. Cursos de capacitação ou extensão são propostos no momento, buscando maior atuação desses profissionais na efetivação direta de compromissos assumidos há 20 anos ou reassumidos neste ano. 
Uma problemática, no entanto, se refere ao tratamento das questões ambientais. Novamente nos deparamos com a questão do lixo e da reciclagem colocada em primeiro plano pelos meios de comunicação, e, principalmente, com a responsabilização individual "jogada" aos cidadãos comuns.
Não se pode cair em um reducionismo de que, se a maior ocorrência da poluição é culpa das multinacionais e de países que não o nosso, então nada devemos fazer. Porém, o professor (e outros profissionais da educação), ao desenvolver, dar continuidade e efetividade ao proposto em seu trabalho, deve fazer uma análise criteriosa do material e discurso empregado ou reproduzido, favorecendo a formação de opiniões e não reproduzindo a culpabilização pura e simples da população. Verdade é que o aprendizado ocorre de maneira efetiva quando o indivíduo dá sentido e concretude ao trabalhado em sua vivência, mas isso não pode e não deve mascarar a realidade econômico-social atual. Contribuições que reduzam a emissão de lixo, melhorem o cotidiano e a vida das populações mais carentes são e sempre serão bem-vindas, o que não é bem-vindo é o engodo de que somente redução individual do lixo é a solução para todos os males, quando o consumo não é reduzido e quando interesses econômicos são priorizados. 

                                                                                                  Lis Lopes Dutra

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