sábado, 2 de junho de 2012

Compra, jogar fora, comprar...


É inegável que a ideia de sustentabilidade, resumidamente garantir recursos para gerações futuras, sofre impactos de toda a sociedade, mas é notório que o capital se faz ator principal no cenário que se descortina perante nossos olhos. Um dos fatores que afeta sobremaneira o comportamento do mercado, da sociedade de consumo, é conhecido por “obsolescência programada”(ou “planejada”), onde bens de consumo têm sua vida útil propositalmente diminuída no seu projeto ou produção, de forma a se criar a necessidade de troca constante de produtos que poderiam ser muito mais duráveis, mas que se tornam sem utilidade prática ou obsoletos rapidamente.
Caso emblemático diz respeito às lâmpadas incandescentes, que teriam vida útil muito maior do que estamos acostumados, há inclusive uma passagem no filme “The Light Bulb Conspiracy” que cita o fato de existir uma lâmpada incandescente que funciona ininterruptamente desde 1901! Claro, que se todas fossem assim estariam acabando com um mercado altamente promissor, e dessa forma foram criadas limitações técnicas intencionais para encurtar sua vida útil.
Se pararmos pra pensar friamente nesse processo certamente encontraremos dezenas de exemplos do mesmo tipo. Atualmente já nos deparamos com corporações que se dizem comprometidas na produção de produtos mais “duráveis”, ainda assim cabe um questionamento, uma reflexão: será que essa nova postura vem como uma ideia de preocupação com o ambiente ou é só mais um “plus” na competição de mercado?

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